sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

LA VIE EN ROSE





Você já dançou La Vie En Rose em plena Avenida Frei Serafim com o amor da sua vida? Não? Pois Deus me deu esse presente. E toda vez que ouço Grace Jones e Piaf cantando essa música, eu ainda me emociono pelo momento lindo que vivi.

Você já foi pedida em casamento diversas vezes e não teve coragem de dizer sim? É, eu também já passei por isso,por medo de perder o controle da minha liberdade e porque eu tinha receio que minha June não aceitasse essa nova vida.

Tive três grandes amores: Emerson Boy, Henrique Castelo Branco, Nemer Said ( o maior de todos ), e estou saindo das agruras de outro grande amor,Douglas Ferreira, um AMOR que só é sentido por mim, infelizmente. Pra ele, esse meu grande AMOR, eu morri, não represento mais nada depois de 20 anos de amizade e de muita consideração. De todos eles, tenho tirado lições, aprendizados que tornam-me forte diante das intempéries, que me transformam numa sobrevivente. É, sou uma sobrevivente. O lado bom disso é que meu coração fica blindado. Não que se deixe de amar, de se emocionar, mas se fica mais atento, mais alerta às armadilhas que nos são colocadas pela vida.

Não, eu não estou feliz, ao contrário, eu sinto saudades desse AMOR, o que me deixa impotente e triste, porque o amor não tem manual como diria Drummond. Porque ele, o amor, deve ser sentido e dado de graça, sem nada pedir, sem nada cobrar, “é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”

É esse amor que ainda sinto cá dentro de mim, mas esse sentimento não é uma via de mão única e estou rasgando a pele, queimando as lembranças e arrancando do meu coração esse que seria “meu amor maduro”.

Estou esperando o tempo, não vou mais me flagelar.Engraçado isso de esperar o tempo...porque o tempo não nos espera, ele nos ensina, é fonte das inúmeras razões, de situações pelas quais somos envolvidos até aprendermos que a vida é bela,porém precisa-se de sabedoria e equilíbrio para estar vivo . É necessário respeitar o tempo, esse senhor de barbas longas e olhar esperançoso.....

Suzana Prado
Dez/2010